continuar a lutar.

Não me sinto completa. Falta sempre um espaço para preencher. Uma zona vazia. Uma parte do coração que não bate com a mesma vontade. Um respiro que já não é perfeito. Enquanto sofro ao escrever estas palavras, sei que o tenho de fazer. As saudades começam mesmo a apertar, e nestes últimos tempo só escrevo o que sinto, tristeza. Estou, de certo modo, feliz, mas não totalmente. Repito, falta qualquer coisa. Falta a vontade de acordar, a vontade de sorrir, a vontade de respirar, falta amor...
Falta o sentimento que faltava há uns tempos atrás, sentimento esse que acabava com qualquer tristeza profunda. Preciso de me sentir bem, de me sentir desejada. Afinal, acho que todo nós precisamos de um pouco de amor. Por favor, felicidade, volta para mim.
Deveria estar feliz, é verdade. Estou cá, na minha póvoa. Mas falta sempre a mesma pessoa. Pessoa essa, que ainda hoje, não me é indeferente. Pessoa essa que já me devia passar completamento ao lado. Pessoa essa que há uns tempos me trazia paz e tranquiliddade, que preenchia parte do meu ser com alegria.
A verdade é que estou farta de fingir que estou bem, quando só me aptece gritar e estar sozinha a um canto. Ninguém percebe, às vezes chego mesmo a pensar que tenho qualquer problema. Acho que não devo ser a única pessoa a sentir isso no mundo, devo ser só mais uma entre milhões, algumas delas com problemas mais graves que o meu, mas, é inevitável.
Começo a odiar expressões como "caga", "esqueçe" e coisas do género. Só me querem ajudar, mas pioram. Sou sensível, nasci assim, e agora? Não posso mudar cada célula do meu ser. E, secalhar, até gosto de ser assim.
Gosto de amar, e de ter sempre aquela pessoa à minha espera. Pessoa essa que hoje não quer saber de mim. Depois de tanto lutar, já merecia ter vencido esta batalha. Ainda não desisti, mas já faltou bem mais.
Não vejo o meu futuro cor-de-rosa, com outros olhos, só tenho dois, e serão sempre os mesmos.
Expectativas? Poucas.
Gosto tanto de escrever, podem perguntar a quem quiserem. Mas com isto tudo na minha vida, (não só sobre esta pessoa que estou a escrever), nem tenho tido paciência, sim PACIÊNCIA, para fazer uma das coisas mais importantes e que mais me deixam feliz na minha vida.
AMO-TE, uma palavra tão fácil de dizer, tão poucas vezes pronunciada.

«Remember those walls I built? Well, baby they're tumbling down.»